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Falando de carros, móveis, etc. por Ari Bruno Lorandi

Pior que vender, é vender com prejuízo

Postado em 10/10/2016

A crise que levou à redução drástica nas vendas e na produção de veículos no Brasil provocou o fechamento, de 2014 até agora, de 31 mil vagas nas montadoras, onde normalmente os empregos são considerados de melhor qualidade. Na rasteira, foram demitidos mais de 50 mil trabalhadores nas autopeças e mais de 124 mil nas concessionárias rolex replica watches, numa conta que supera 200 mil cortes”, escreveu há dias um grande jornal de São Paulo.

Outra manchete: Após fechar 1,4 mil vagas, Mercedes vai suspender contratos de 500 funcionários. Segundo a montadora, medida é necessária porque, apesar de ter reduzido quadro de pessoal da unidade de São Bernardo do Campo em 15%, a fábrica, que opera com apenas 50% da capacidade, continua com excedente de trabalhadores.

A partir do ano 2000, com uma certa normalização da economia brasileira houve uma avalanche de marcas mundiais de carros desembarcando no Brasil. Não sei se você se deu conta, mas hoje existem no País 48 fábricas de veículos, considerando leves, pesados, motos, etc. Para ter uma ideia, em 2012, considerado um bom ano, foram comercializados quase 5,5 milhões de veículos, segundo dados da Anfavea. A estimativa hoje é de que a capacidade produtiva instalada nas 48 fábricas existentes, beira os 8 milhões de veículos/ano. Calculando que cada um dos 65 milhões de domicílios tivesse um veículo (e chega a quase isso mesmo), toda a frota de veículos leves seria trocada em 10 anos, usando plenamente a capacidade instalada, considerando que existem veículos pesados e agrícolas na conta geral.

Havia mesmo uma demanda reprimida antes dos anos 2000 no setor de veículos, mas só entre 2012 e 1015 foram vendidos 20 milhões de veículos no Brasil. É, portanto, natural que a demanda acabe se reduzindo gradativamente.

O que tem a ver o mercado de automóveis com o de móveis, que  é o nosso negócio? Deve você estar se perguntando. Tem tudo a ver. Aliás, não só com o setor automotivo, mas com qualquer setor de bens duráveis. Vide caso de TVs, smartphones, etc.

Veja o caso das indústrias de móveis: Temos no Brasil hoje pouco mais de 10 mil indústrias com mais de 5 funcionários, que somam 85% do potencial produtivo. A capacidade instalada destas empresas permite produzir pelo menos 150 milhões de “conjuntos” por ano. Considera-se conjuntos um grupo formado, em Replica Watches média, por quatro peças, ou seja, um conjunto de aéreo, pia e paneleiro de cozinha, um sofá, duas poltronas e uma mesa de centro para sala de estar, mesa gucci borse imitazioni perfette e cadeiras para  sala de jantar, cama, roupeiro e criados para dormitório, etc... Portanto, se as 10 mil indústrias existentes operassem a plena capacidade, a cada ano teríamos 2,3 conjuntos para cada domicílio brasileiro. E note que não estamos considerando os 2 milhões de conjuntos (8 milhões de peças) que vem das importações.

Vamos concordar que é um exagero, mas seria ainda maior se somarmos (e não dá para não o fazer) os 15% oriundos das empresas com menos de cinco funcionários, a grande maioria formado por marcenarias e que estão avançando sobre a fatia das grandes empresas, notadamente na área de móveis de cozinha.

Portanto, se não avançarmos no mercado externo, esperar apenas pela recuperação da economia, teremos a capacidade instalada atual capaz de atender a demanda pelos próximos 10 anos, no mínimo.

Mas existe um aspecto ainda mais nefasto. A maioria dos veículos aumentou de preço no último ano. Veja alguns exemplos: o Palio aumentou o preço em R$ 5.980, indo de R$ 27.990 para 33.970; O Ka também subiu muito, em R$ 3.200, indo de R$ 39.390 para R$ 42.590; mas nenhum superou o HR-V, que foi de R$ 71.900 para R$ 78.700, acréscimo de 6.800. Agora veja o caso dos móveis nas lojas, segundo a pesquisa de preços (IPCA) do IBGE: No mesmo período, os colchões ficaram, em média, 5% mais baratos; móvel infantil quase 4% e móvel de quarto quase 2% mais baratos.

Moral da história: pior do Replica Watches que vender pouco é vender com prejuízo, devem raciocinar os empresários do setor automobilístico. Já os moveleiros...

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TAGS - Automóveis, móveis, empresários, veículos

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